ALCÍONE
ALCÍONE — Filha do Eólo, deus dos ventos. Seu casamento com o Ceíce, filho do Lúcifer, era tão feliz, que suscitou a inveja do Zeus, o deus supremo, e da sua mulher, a deusa Hera. Eles transformaram o casal em alciões, aves imaginárias que faziam o ninho sobre as águas do mar. Segundo uma outra versão, o Ceíce morreu num naufrágio provocado pelo Zeus. A moça, ao saber da morte do marido, jogou-se ao mar. Os deuses, arrependidos, reuniram o casal, metamorfozeando-os apaixonados em alciões. Por isso, a Alcíone e o Ceíce, constituem o símbolo da fidelidade conjugal.
ÉOLO — Deus dos ventos, filho do deus dos mares Poseidon com a Arne. Reinava sobre tumultuosos súditos encerrados numa caverna da Eólia. Esses ventos também eram retidos em odres. Só se podia soltá-los com a ordem direta do Zeus. Se eles fossem soltos sem a autorização do deus supremo, originariam tempestades e naufrágios. Quando o Ulisses, ao longo das suas viagens, escalou na Eólia, o deus dos ventos ao acolheu hospitaleiramente. À partida do herói, deu-lhe um odre onde estavam encerrados todos os ventos, à exceção daquele que deveria conduzí-lo à sua terra natal, Ítaca. Enquanto o Ulisses dormia, os seus companheiros, julgando que o odre estivesse cheio de vinho, abriram-no. Imediatamente, os ventos escaparam, provocando uma terrível tempestade. O navio foi arremessado de volta sobre as costas da Eólia. O deus dos ventos, acreditando que o herói era vítima da cólera do Zeus, abandonou-o à sua própria sorte.
LÚCIFER — Filho do Astreu com a Aurora. Denominado Eósforo (o portador da manhã) e Fósforo (o portador da luz) entre os gregos, nada mais é do que a estrela da manhã. Precedia o carro da mãe Aurora no caminho dela pelos ares. Segundo uma tradição, a deusa do amor Afrodite o raptou e fê-lo guardião noturno do templo dela. É representado como um jovem cavaleiro, trazendo, nas mãos, uma tocha.