Arião

ARIÃO, na tradição mais recomendada, era um mítico poeta e tocador de cítara. Da Ilha de Lesbos onde vivia, foi à Sicília na Península Itálica para participar de um concurso de canto e poesia, no qual obteve o primeiro lugar. Ao voltar carregado de presentes e prêmios, os marinheiros resolveram matá-lo para apoderarem-se das riquezas dele. Mas, em sonho, o deus do sol Apolo o preveniu do perigo que corria e lhe prometeu ajuda. Ao ser pego pelos marujos, pediu-lhes permissão para, antes de morrer, tocar a cítara e cantar. Os marinheiros acederam. Assim, atraídos pela música, muitos delfins, orientados pelo Apolo, acercaram-se do navio.

Quando o Arião se lançou ao mar, um dos delfins o levou até o Cabo Tênaro, na Região da Lacônia. De lá, o poeta seguiu para Corinto, onde foi recebido pelo amigo Periandro, o tirano da cidade. Ao tomar conhecimento da história, o Periandro deu ordens para prender e supliciar os marinheiros. Noutra tradição, o Arião era um cavalo mágico. Segundo alguns mitólogos, teria saído da terra por um golpe de tridente desferido pelo deus Poseidon. Segundo outras fontes, o Arião era filho do próprio Poseidon com a Ceres. Outras fontes ainda dizem que o Arião teria sido usado pelo Héracles (Hércules) na luta contra o gigante Cicno. Depois de vencer o gigante, o herói teria oferecido o cavalo de presente ao Adrasto, rei da cidade de Argos.