antonino-pio1Antonino Pio

TITO AURÉLIO FÚLVIO nasceu no dia 19 de setembro de 86, na cidade de Lanuvio. Morreu no dia 7 de março de 161, na cidade de Lorium. Filho único de Tito Aurélio Fúlvio, cônsul no ano de 89, obteve também o consulado romano em 120, aos 34 anos, após se destacar como questor e pretor. Depois, foi nomeado pelo imperador Adriano um dos quatro pró-cônsules para a administração de todo o império. O seu trabalho durante o pró-consulado na Ásia aumentou a sua reputação de honestidade e bom administrador. Foi favorecido durante a sua carreira pelo imperador, que o adotou como o herdeiro no dia 25 de fevereiro de 138, após a morte do filho adotivo, Lúcio Aélio Vero. Com a morte de Adriano, assumiu o império no dia 11 de julho de 138. Governou até 161.

Construiu durante o seu reinado templos, teatros e mausoléus. Promoveu as artes, as ciências e outorgou soldos e honras aos mestres de retórica e filosofia. Seu governo transcorreu pacificamente, apesar de uma série de distúrbios militares que assolaram a Mauritânia, a Judeia e a Britânia. Acredita-se que a insurreição na Britânia o levou a erigir a Muralha de Antonino no Fiorde de Forth e no Fiorde de Clyde. Essa muralha seria logo depois abandonada. Foi um dos poucos imperadores que enfrentaram as crises do império sem sair da Itália. Tratou os assuntos bélicos provinciais através de governadores ou por meio de cartas às cidades. Este estilo de governo foi muito elogiado, quer pelos seus contemporâneos, quer pelas gerações futuras. Internamente, foi o responsável por um renascimento religioso entre os romanos. Estabilizou as finanças do estado, legando ao Império Romano sua enorme fortuna.

Teve quatro filhos, mas foi o genro, Marco Aurélio, quem o sucedeu. Sua esposa — Ania Galeria Faustina — também se notabilizou durante o reinado. Benemérita, fundou vários estabelecimentos de atendimento social. Na Enciclopédia Britânica, edição de 1911, o verbete relacionado ao seu nome está assim redigido: “Uns meses após a morte de Adriano, imperador que fora acolhido com grande entusiasmo pelo povo romano, e que não decepcionou as suas expetativas, Antonino Pio ascendeu ao trono com amável disposição, ampla experiência, boa formação, grande inteligência e sincero desejo de conseguir o bem-estar dos seus súditos. Em lugar de saquear o tesouro no seu próprio benefício, vaziou-o, sim, mas para apoiar economicamente os cidadãos de províncias e cidades, exercendo em todas as províncias uma rígida economia. Rejeitou com destreza as conspirações urdidas contra si, fazendo gala depois da sua clemência. Em lugar de perseguir os cristãos, protegeu-os com firmeza ao longo do Império”.


 

 

 



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