CAIO FLÁVIO VALÉRIO CONSTÂNCIO nasceu no dia 31 de março de 250, na cidade de Dardânia, então província romana na região da atual Sérvia. Morreu no dia 25 de julho de 306, na cidade de Eboraco, na então Britânia, hoje Inglaterra. Governou o Império Romano do Ocidente entre 293 e 305.
O epíteto “Cloro”, referência a um homem pálido, foi-lhe dado pelos historiadores bizantinos. Repudiou a esposa de origem britânica em 289 para se casar com a Flávia Maximiana Teodorra, filha do imperador Marcos Aurélio Maximiano. Sob a orientação do sogro, destacou-se na defesa noroeste do Império Romano. Nessa condição, derrotou as forças do usurpador Marco Aurélio Caráusio, que se havia declarado imperador na Britânia.
Invadiu a ilha em 292 e derrotou e matou o outro usurpador, o Alecto, que havia matado o Caráusio. No mesmo ano, segundo os relados do historiador Sexto Aurélio Vítor, travou batalha com os alamanos, povo germânico ocidental. Apesar de cercado pelos inimigos na cidade gaulesa de Lingones, foi resgatado pelo exército, seguindo-se a vitória sobre os inimigos na cidade de Vindonissa, na região da atual Suíça. Essas vitórias preservaram as fronteiras romanas no Rio Reno. Em 293, assumiu oficialmente o comando do Império Romano no Ocidente.
Durante a perseguição aos cristãos em 303, destacou-se pela humanidade. Proclamou-se “augusto” em 305 e morreu um anos depois numa expedição militar contra as tribos dos pictos e dos escotos, na Britânia. Era pai do Constantino, que se tornaria imperador com o epíteto de “o grande”. Na obra “Vida de Constantino”, o bispo Eusébio de Cesareia afirma que o Constâncio Cloro era um cristão que fingia ser pagão. Por isso, não tomou parte nas perseguições promovidas pelo imperador Diocleciano. Porém, é mais provável que ele fosse, na realidade, como todos os imperadores desde Aureliano até Constantino (antes da conversão ao cristianismo) um adepto do culto do Sol Invicto, deus oficial do Império Romano.