Medusa
MEDUSA — Era uma das górgonas. Terrível monstro, amedrontava homens e deuses. Apenas o deus das águas Poseidon não a temia. Ele chegou mesmo a unir-se sexualmente a ela. Por ordem do Polidectes, tirano da cidade de Serifo, o Perseu conseguiu matá-la. O herói se elevou no ar graças às sandálias aladas do deus mensageiro Hermes e, enquanto o monstro dormia, cortou a cabeça dele. Para não ser petrificado, o Perseu utilizou também um escudo polido como espelho, fixando apenas a imagem do monstro. Do pescoço cortado, saíram o Pégaso e o Crisaor, resultado da união com o deus Poseidon.
A deusa da sabedoria Palas Atena colocou a cabeça da Medusa no centro da sua égide. O Perseu recolheu o sangue do monstro, pois ele tinha propriedades mágicas. O sangue da veia esquerda era um veneno infalível. O sangue da direita era um remédio capaz de ressuscitar os mortos. As serpentes que rodeavam a cabeça da Medusa tinham o dom de pôr em fuga qualquer exército. De acordo com uma versão, a Medusa teria sido uma bela jovem. Era orgulhosa especialmente dos seus cabelos. Por ter ousado rivalizar em beleza com a Palas Atena, a deusa a metamorfoseou em monstro, transformando os cabelos dela em serpentes. Uma outra tradição narra que o castigo se deveu à profanação cometida pela jovem ao unir-se ao Poseidon no templo da deusa.
Referência
GÓRGONAS — Designação coletiva da Estemo, da Euríale e da Medusa. Elas eram filhas do Fórcis e da Ceto. Habitavam no extremo ocidente da terra, nas proximidades do inferno. Tinham aspecto monstruoso: cabeça enorme e cabeleira de serpentes, dentes longos e agudos, mãos de bronze e asas de ouro. Os olhos delas eram faiscantes. Quem ousasse fixa-los era petrificado. Os próprios deuses as temiam.