É uma das doze divindades do Olimpo, filho do Zeus (Júpiter para os romanos) e da Latona. Nasceu na Ilha de Delos, onde, com a ajuda do Poseidon (Netuno para os romanos), sua mãe se refugiara da perseguição da Hera (Juno para os romanos). Diariamente, transportava o carro do sol para o alto do céu. Depois, guardava-o atrás das montanhas. Assim, era responsável pelos dias e pelas noites. Uma vez por ano, viajava para o país dos Hiperbóreos. Nessa ocasião, era inverno na Terra. Como deus da luz, cabia-lhe proteger os campos, os navegantes, os artistas e os médicos. Por vezes, assumia também um caráter funesto, provocando mortes súbitas e enviando terríveis epidemias de peste.
De todas as suas atribuições, a que mais importância assumiu entre os gregos foi a de desvendar os ditames do Destino. Para tanto, possuía vários templos espalhados pela Grécia, onde, através de pitonisas, respondia às perguntas dos fiéis sobre acontecimentos futuros. De todos os seus templos, o mais célebre estava situado em Delfos, no mesmo local onde, pouco depois do seu nascimento, matara a serpente Pitão. Deus de grande beleza, viveu diversas aventuras sentimentais, geralmente mal sucedidas. Dentre os seus amores, destacam-se as ninfas Corônis, Dafne e Cirene; a princesa Marpessa; a profetisa Cassandra; os jovens Jacinto e Ciparisso. Com a ninfa Corônis, teve o filho Esculápio, mais tarde fulminado pelos Ciclopes, por ordem do Zeus.
Furioso com o crime, exterminou os emissários do pai. Como punição, foi enviado à terra para servir a um mortal. Encontrou hospitalidade junto ao rei Admeto, de cujos rebanhos se tornou guarda. Nessa ocasião, venceu o Mársias numa disputa musical, sendo, em seguida, sagrado pelas Musas protetor das artes. Ao final do castigo, obteve permissão para se reintegrar ao Monte Olimpo. É representado sempre jovem, formoso, sem barba e geralmente nu. Quando assume a atribuição específica de deus das artes, aparece vestido com uma longa túnica. Durante a Guerra de Troia, ficou claramente do lado dos troianos, contra os gregos. Enfureceu-se com a atitude do Aquiles, que, no início do conflito, decapitou uma das suas estátuas dos templos da cidade sitiada. Por isso, teria guiado a flecha disparada pelo príncipe Páris para que ela acertasse exatamente no calcanhar do herói grego, o único lugar do corpo em que o mesmo era vulnerável, matando-o.