Schubert
FRANZ PETER SCHUBERT nasceu no dia 31 de janeiro de 1797, na localidade de Lichtenthal, distrito de Viena, Áustria. Morreu no dia 19 de novembro de 1828, na cidade de Viena.
Estudou violino com seu pai e piano com seu irmão mais velho. Aos 11 anos, matriculou-se no Conservatório Konvikt, a mais reputada escola musical de Viena. Escreveu, então, suas primeiras peças musicais, incentivado pelos colegas integrantes da orquestra do colégio, para a qual compôs sua primeira sinfonia, em 1913. Com o pai e os irmãos, organizou um quarteto de cordas. A fim de se eximir do serviço militar, tornou-se ajudante de mestre-escola no estabelecimento em que seu pai ensinava. Nos dois anos em que ocupou o cargo, escreveu diversas peças e continuou a ter aulas de música com Antonio Salieri.
Em 1815, compôs duas sinfonias, numerosas obras sacras e de câmara, mais de 150 canções (“lieder”e seis óperas. No ano seguinte, graças à generosidade do amigo Franz von Shober, que lhe proporcionou alojamento e subsistência, pôde se dedicar exclusivamente à música. Foi um período muito produtivo, durante o qual compôs a quarta e a quinta sinfonias, enquanto o outro amigo, o barítono Michael Vogl, divulgava sua música em salas de concerto. Em 1918, após a apresentação pública de uma obra para orquestra (que teve discreta aceitação), o conde Pál Antal Esterházy (príncipe húngaro) o contratou para ensinar música a suas filhas, proporcionando-lhe agradável temporada na Hungria.
Em 1820, foram encenadas, sem êxito, suas óperas Os Irmãos Gêmeos e A Harpa Mágica. Nessa época, compôs a fantasia em dó para piano, intitulada O Viajante, além de outras peças. Em 1821, começaram a ser impressas suas canções, já bastante populares, mas com maior proveito para os editores do que para ele próprio. Por volta de 1822, conheceu Ludwig van Beethoven. Por essa época, também começou a compor a sinfonia em si menor, a Inacabada. Em 1924, voltou a ensinar música às filhas do conde Esterházy. Durante algum tempo, suas composições refletiram certa influência húngara.
Regressou depois a Viena, onde passou o resto de sua curta vida. Na capital austríaca, compôs a maioria de suas obras-primas, entre elas o Quarteto de Cordas Em Ré Menor, A Morte e a Donzela (1826), as canções sobre textos de William Shakespeare, os trios para piano e a Grande Sinfonia Em Dó Maior. Em contraste com sua vida obscura e marcada pela pobreza material, sua música, segundo a crítica, é plena de espontaneidade, riqueza melódica e inspiração, qualidades que refletem o alegre espírito vienense.