20200711aCarlos Gomes

ANTÔNIO CARLOS GOMES nasceu no dia 11 de julho de 1836, na cidade de Campinas, Estado de São Paulo. Morreu no dia 16 de setembro de 1896, na cidade de Belém, Estado do Pará. Filho do modesto músico Manuel José Gomes, com dez anos já era percussionista da banda do pai. Após ter tocado todos os instrumentos da banda, estudou piano. Não chegou, porém, a ser um intérprete de destaque. Gostava mesmo era de compor. Com vinte anos, já tinha no currículo missas, fantasias e romanças, as quais agradaram muito ao público. Assim, a cidade de Campinas se tornou pequena para a ambição musical dele.

Por diversas vezes visitara São Paulo, onde frequentava repúblicas estudantis. Na capital, compôs o “Hino Acadêmico” e a modinha “Quem Sabe”. Numa dessas viagens, contrariando a vontade do pai, rumou para o Rio de Janeiro. Na capital carioca, uma condessa o apresentou ao imperador Dom Pedro II. Foi, então, recomendado ao diretor do Conservatório de Música, matriculando-se no curso de composição do mestre italiano Gioachino Gianinni. Após quase dois anos de estudos, apresentou duas cantatas. Elas lhe valeram um convite para a regência da Ópera Nacional. Compôs nessa época a obra “A Noite do Castelo”, sucesso nos teatros do Rio de Janeiro e de São Paulo. Sucederam-se homenagens ao jovem maestro.

O imperador, inclusive, o agraciou com o Hábito de Cavaleiro da Ordem da Rosa. Compôs em seguida “Joana de Flandres” (1863), obra confirmatória do extraordinário talento dele. Neste mesmo ano, partiu para a Europa para aprofundar os estudos. Em Milão, tornou-se aluno do diretor do conservatório local. Em 1866, conseguiu diplomar-se com distinção no posto de maestro-compositor. Escreveu, então, duas partituras para duas revistas musicais milanesas. A seguir, começou a se dedicar à sua obra-prima, a ópera “O Guarani”. A estreia, com enorme sucesso, se deu em 1870 no Teatro Scala de Milão. No mesmo ano, em dezembro, a ópera estreou no Rio de Janeiro, sendo ovacionada pelo público. Retornou à Itália em 1871, voltando para o Brasil em 1880. Na Bahia, onde se fixou, compôs o “Hino de Camões”. Nessa altura, já se tornara símbolo da cultura brasileira. 

Após conseguir equilibrar a situação financeira, retornou para a Itália. Lá, iniciou a composição da segunda ópera de tema exclusivamente brasileiro, denominada “O Escravo”. Dedicada à Princesa Isabel, a ópera estreou no Rio de Janeiro em 1889. Quando da proclamação da República, o compositor foi englobado nas antipatias que rodeavam a família do Dom Pedro II. Retornou, então, novamente, para a Itália, de onde recusou o pedido do novo governo para compor um hino à República. Apresentou, em 1891, em Milão, a ópera “O Condor”. Essa composição, que teve grande sucesso, apresentou um estilo mais sereno. No ano seguinte, apresentou a ópera “Colombo” e foi nomeado membro da delegação brasileira junto à Exposição Universal Colombiana de Chicago. Depois disso, voltou a morar na Itália e retornou ao Brasil  em 1895 para assumir o Conservatório do Estado do Pará, onde morreu no ano seguinte.


 

 

 



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