Tibério
TIBÉRIO CLÁUDIO NERO CÉSAR nasceu no dia 16 de novembro de 42 a.C., na Ilha de Capri. Morreu no dia 16 de março de 37, na cidade de Miseno, Sicília. Era filho do Tibério Cláudio Nero, pretor em 42 a.C. e adversário de Otávio (mais tarde imperador Augusto) na Guerra Perusina (41-40 a.C.). Em 38 a.C., a sua mãe — Lívia Drusila — se divorciou para casar com Otávio. Após a morte do pai em 33 a.C., passou para a tutela do imperador.
Participou da campanha militar da Espanha em 26 a.C. e recebeu permissão para exercer a magistratura em 24 a.C., cinco anos antes da idade regulamentar. Foi questor em 23 a.C., pretor em 16 a.C. e cônsul de 13 a 7 a.C. Adquiriu prestígio como orador, embora sua notoriedade maior viesse dos êxitos militares. Em 20 a.C. dirigiu a Campanha do Eufrates, na qual derrotou os partas, instalando em seguida um rei pró-romano na Armênia. Em 16 a.C. foi nomeado governador da Gália. No ano seguinte comandou a conquista dos Alpes centrais.
Entre os anos 12 e 9 a.C. dirigiu as operações nos vales dos rios Sava e Drava, conquistando a região mais tarde conhecida como Panônia (Hungria). Em 8 a.C., comandou as tropas na Germânia, de onde trouxe cerca de 40 mil prisioneiros. Casou-se com Vipsânia, filha do general Marco Agripa, a quem amava. Entretanto, quando o sogro morreu, teve de repudiar a esposa. O imperador Augusto ordenou a ele o casamento com a Júlia (sua filha e viúva de Agripa), uma união que visou apenas atender as demandas políticas do império. Após a morte do único filho, a segunda esposa, que o detestava, o abandonou. Bastante contrariado com o imperador e com o emaranhado político da corte, retirou-se da vida pública em 7 a.C. Retornou a Roma somente no ano dois da Era Cristã.
Dois anos depois, foi adotado pelo imperador e escolhido para ser seu sucessor. Cinco anos após a morte de Augusto (ano 14 da Era Cristã), seu poder foi formalmente reconhecido pelo Senado. Apesar de seu reinado ter se caracterizado pela violência, impediu novas guerras de conquista e procurou resolver revoltas eclodidas na África (17/24), na Gália (21) e na Trácia (21 e 26) sem intervenção direta. Em Roma, evitou desperdícios dos recursos públicos e promoveu poucos jogos e festivais. Em 26, retirou-se para sua ilha natal (Capri), situada no Golfo de Nápoles, de onde governou através de cartas ao Senado. Segundo alguns historiadores, jamais quis ser imperador. Detestava a política e os políticos. Mas foi obrigado a aceitar o encargo por causa das artimanhas políticas da mãe. Morreu odiado pela aristocracia e pelo povo.
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