ARTÉMIS era uma das doze divindades do Monte Olimpo. Filha do deus supremo Zeus e da Latona, nasceu na Ilha de Delos, mas escolheu a região da Arcádia para viver. Nessa região montanhosa e selvagem, entregava-se ao seu maior prazer: a caça. Acompanhava-a um séquito de sessenta Oceânidas e vinte Ninfas. Cruel e vingativa, atingia com suas flechas todos aqueles que a insultavam ou ousavam menosprezar a mãe dela. Assim, exterminou os filhos da Níobe por esta se ter vangloriado de possuir maior prole do que a Latona. Atribuem-se-lhe mortes súbitas, bem como aquelas ocorridas durante o parto.
Dentre as vítimas dela contam-se também os Aloídas e o monstro Búfago. Na Guerra de Troia esteve ao lado dos troianos contra os gregos. No conflito, exigiu o sacrifício da Ifigênia, filha do chefe grego Agamenon, mas salvou a moça no momento em que a mesma ia ser imolada. Castigou os que atentaram contra um dos seus principais atributos: a virgindade. Quando o Orião tentou seduzi-la ou, segundo outra versão, violentar uma das companheiras dela, Artémis enviou um escorpião, que picou o gigante mortalmente. Por outro lado, converteu em cervo o caçador Acteão apenas porque ele a teria visto nua. O caçador morreu estraçalhado pelos próprios cães.
Segundo uma versão, metamorfoseou a Calisto em ursa porque a ninfa não guardou a virgindade, deixando-se seduzir pelo deus supremo Zeus. Na região da Táurida, a Artémis apareceu como deusa cruel, à qual eram sacrificados os estrangeiros. No geral, a deusa é representada num carro puxado por dois touros, com um archote na mão e uma lua crescente sobre a testa. Na cidade de Éfeso, na região do Mar Egeu, onde estava o mais célebre santuário dela, era tida como deusa da fecundidade. Nessa região, a deusa entregava-se ao amor e, com os múltiplos seios, nutria os homens e a terra. Na Grécia, entretanto, figurava sempre como caçadora e virgem. Em Roma foi assimilada como o nome de Diana. No filme “Fúria de Titãs” de 2010 foi vivida pela atriz Nathalie Cox.