DIOMEDES, na principal tradição, era filho do Tideu e da Deípila. Educado pelo centauro Quirão, sucedeu o avô Adrasto no trono da cidade de Argos. Participou da expedição dos Epígonos para vingar o pai, morto na campanha dos Sete Contra Tebas. Na Guerra de Troia, distinguiu-se como um dos heróis de maior valor. Colaborou com o Ulisses na busca do Aquiles e do Filoctetes para o conflito. Na guerra propriamente dita, ajudou na conquista do palácio que continha a estátua da deusa da sabedoria Palas Atenas. A deusa, segundo a lenda, garantiria a invencibilidade da cidade de Troia.
Também lutou com os heróis troianos Heitor e Eneias. Depois, apoderou-se dos cavalos do Reso, herói trácio a serviço dos troianos. Protegido pela deusa Palas Atenas, ousou atacar redutos do deus da guerra Ares e da deusa do amor Afrodite. Mais à frente, desgostoso da infidelidade da esposa Egialeia, deixou o reino de Argos e rumou para a Apúlia na Itália Meridional. Lá, casou-se com a filha do rei Dauno e fundou diversas cidades na região. Combateu os inimigos do sogro, mas como este não cumpriu a promessa de lhe pagar uma recompensa, insurgiu-se contra ele. Assim, teria sido morto pelo rei ou, conforme outra versão, desapareceu misteriosamente por ordem dos deuses.
Diomedes 2
DIOMEDES, numa tradição menos abonada, era filho do deus da guerra Ares com a ninfa Pirene. Rei dos bístones, povo da Trácia, alimentava seus cavalos com a carne dos estrangeiros que se aventuravam pelo seu território. A captura desses cavalos constituiu-se num dos trabalhos do Héracles (Hércules para os romanos). Após vencer a resistência de alguns nativos, o herói expôs o Diomedes à fúria dos próprios cavalos, que o devoraram. Em seguida, o Hércules levou os animais para a cidade de Micenas, onde o rei Eristeu os consagrou à deusa Hera. Segundo a tradição mais corrente, eram quatro os cavalos do Diomedes: Podargos, Lampo, Xanto e Deino.