01Eumolpo

EUMOLPO era filho do deus das águas Poseidon com a Quíone. Recém-nascido, foi lançado no mar pela mãe, que não queria saber dele de jeito nenhum. O pai o recolheu, o levou para a Etiópia e o confiou à filha Bentesícime. Mais tarde, o Eumolpo esposou uma das filhas da mãe adotiva. Não contente com a deferência, tentou violar uma das cunhadas. Foi, por isso, banido do país. Em companhia do filho Ísmaro, dirigiu-se para a corte do Tegírio, rei da Trácia.

Novamente pisou na bola ao participar de uma revolta contra o rei que o acolhera. Surpreendido na traição, teve de fugir. Asilou-se na cidade de Elêusis, cujos habitantes o acolheram hospitaleiramente. Nesse meio tempo, o filho Ísmaro contraiu casamento com a filha do rei da Trácia. Quando o Ísmaro morreu, o Tegírio  perdoou o Eumolpo pela antiga traição e o convidou a voltar. Logo em seguida, legou-lhe o reino. Quando a cidade de Atenas entrou em conflito com a cidade de Elêusis, o Emoulpo, ao participar luta, acabou morto. Algumas tradições atribuem a ele a instituição dos mistérios de Elêusis.

Mistérios
de Elêusis

Os Mistérios de Elêusis eram ritos de iniciação ao culto das deusas agrícolas Deméter e Perséfone. Essas cerimônias eram celebradas na cidade homônima, localidade da Grécia próxima a Atenas. Os mistérios eram considerados da maior importância entre todos os que se celebravam na antiguidade. Estes mitos e mistérios continuaram importantes no período helenístico, tendo se transferido depois para o Império Romano. Sinais deles podem ser notados em práticas iniciáticas modernas. Os ritos e crenças eram guardados em segredo, com transmissão apenas a novos iniciados. Estudiosos propuseram que o poder dos Mistérios de Elêusis veio do funcionamento da ciceona, bebida psicoativa com efeitos psicodélicos.


 

Mitos Gregos

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