Leão X
GIOVANNI DI LORENZO DE MEDICI nasceu no dia 11 de dezembro de 1475, na cidade de Florença, Itália. Morreu no dia 01 de dezembro de 1521, na cidade de Roma. Foi eleito papa em 11 de março de 1513.
Segundo filho de Lourenço de Medici (soberano da República Florentina), foi logo destinado para a carreira eclesiástica. Recebeu o tradicional corte de cabelo de ordinando (tonsura) aos sete anos, recebendo também o primeiro grau da Ordem do Clero. Foi nomeado cardeal com apenas 14 anos. Recebeu educação humanista na corte do pai e estudou teologia e leis canônicas em Pisa até 1491. Quando sua família foi expulsa de Florença (1494), viajou pela Alemanha, Flandres e França.
Em 1503, tornou-se o chefe dos Medicis e restabeleceu o poderio da família em sua cidade natal. Com a morte do papa Júlio II em 1513, foi escolhido seu sucessor, adotando o nome de Leão X. Enfrentou uma situação política difícil, com rivalidades entre os espanhóis, que dominavam Nápoles, e os franceses, que pretendiam se assenhorar de Milão. Em 1513 e 1514, colocou suas forças ao lado da Alemanha e da Espanha, ambas em guerra contra a França. Num acordo assinado com os franceses em 1516, comprometeu-se a retirar suas tropas de Parma e Piacenza, mas, mais tarde, viu seus adversários serem expulsos de Milão e recuperou aquelas localidades.
Foi acusado de nepotismo por ter favorecido seu irmão (Júlio de Medici) e o sobrinho (Inocenzo Cybo), o que causou a Guerra de Ubino (1516-1517), encerrada com sua vitória. Apesar das grandes despesas exigidas pelas guerras, foi generoso com as artes. Com ele, Roma se tornou a capital do humanismo e da Renascença. Nomeou Rafael Sânzio seu encarregado das artes, entregando-lhe a responsabilidade pela construção da Basílica de São Pedro (1515). O custo dessa obra era muito alto pelos padrões da época, o que o fez intensificar a campanha de venda de indulgências para obter recursos. Os excessos dessa campanha estimularam o monge alemão Martinho Lutero a se rebelar. Por seu lado, condenou as doutrinas luteranas na bula Exurge Domine, publicada em 1520. No ano seguinte, exarou a sentença de excomunhão de Lutero.
