20200302Pio XII

EUGÊNIO MARIA JOSÉ JOÃO PACELLI nasceu no dia dois de março de 1876, na cidade de Roma, Região do Lácio, Itália. Morreu no dia nove de outubro de 1958, na cidade de Castelgandolfo. Elegeu-se papa no dia dois de março de 1939. Filho de um advogado a serviço da Santa Sé, era tido como demasiado delicado para frequentar o seminário. Assim, estudou em casa até ser ordenado padre em 1899. Em 1901, entrou para o serviço da Secretaria de Estado do Vaticano. Em 1918, já era nomeado núncio apostólico na recém-criada República de Weimar (Alemanha).

Foi chamado de volta a Roma em 1929 para assumir uma vaga de cardeal. Nessa condição, passou, no ano seguinte, a secretário de estado. Sua posição ante o mundo em crise em 1930 é considerada pelos analistas históricos como “controvertida”. A seu conselho, o papa Pio XI assinou um acordo com o governo nazista em 1933. Paradoxalmente, influenciou na composição da encíclica “Com Ardente Ansiedade”, com críticas ao regime nazista. Eleito papa, recusou aos italianos e alemães o reconhecimento da invasão da União Soviética como uma “guerra santa” contra o ateísmo. Entretanto, jamais se pronunciou claramente contra a perseguição dos judeus.

Porém, quando se decretou a perseguição dos judeus em solo italiano, deu ordem aos católicos para que lhes dessem abrigo, permitindo que muitos deles fossem salvos. À queda do Benito Mussolini seguiu-se a ocupação de Roma pelos alemães (1943-1944). Quando os alemães foram finalmente expulsos, outro perigo surgiu para a igreja. Os comunistas, que haviam sido mantidos à distância até então, reapareceram fortalecidos. Depois de 1945, o Vaticano reorganizou a Ação Católica. Isso facilitou a vitória dos democratas-cristãos nas eleições de 1948. No entanto, os comunistas continuavam com a propaganda anti-religiosa, uma fonte de preocupação para a igreja. Em 1949, ele, então, formalizou a excomunhão de todos os católicos pertencentes ao Partido Comunista.

Pio XII realizou com dedicação um amplo trabalho pastoral. Era um orador e um escritor incansável. Recebia para inúmeras audiências públicas ou privadas grupos das mais diversas nacionalidades. Procurava dirigir-se a eles em seus próprios idiomas. Sua encíclica “Corpos Místicos”, de 1943, encetava uma descrição da natureza da igreja. A encíclica “Deus Mediador”, de 1947, promovia o movimento litúrgico. A “Gênero Humano”, de 1950, defendia a posição de que a igreja sempre vira o homem na totalidade da sua natureza. Em 1957, apareceu as encíclicas “Fidei Donum”, sobre o futuro da África e “Miranda Prorsus”, sobre o rádio, o cinema e a televisão. Foi o primeiro papa a se utilizar dos modernos meios de comunicação em larga escala. Seu pontificado ficou caracterizado principalmente pela linha de “correção dos erros modernos” e de orientação dos fiéis em direção à vida interior.


 

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