Bento XV
GIACOMO DELLA CHIESA nasceu no dia 21 de novembro de 1854, na localidade de Pegli, Gênova, Itália. Morreu no dia 22 de janeiro de 1922, na cidade de Roma.
Filho de uma família nobre, seu desejo de se tornar padre foi rejeitado no início por seu pai, que insistia numa carreira jurídica para ele. Doutorou-se em direito aos 21 anos e, depois, em teologia. Após sua ordenação, trabalhou na diplomacia do Vaticano, tornando-se também auditor do cardeal Mariano Rampolla, em sua nunciatura em Madri, Espanha. Quando seu protetor se tornou secretário de estado do papa Leão XIII, ocupou um posto elevado na Igreja Católica, onde se destacou como padre exemplar e um diplomata muito eficiente. Foi nomeado arcebispo de Bolonha, Itália, pelo papa Pio X em 1907 e cardeal em 1914.
Nesse mesmo ano, em 3 de setembro, foi escolhido para ocupar o trono papal, pouco depois de iniciada a Primeira Guerra Mundial. Sua orientação política se aproximou da do Leão XIII na tentativa de interferir como mediador no conflito. Mas a missão se afigurou bastante difícil, já que cada parte o acusava de agir a favor do inimigo. Em 1917, enviou o eminente diplomata da cúria Eugênio Pacelli, como núncio em Munique, para conversações decisivas com o chanceler alemão Theobald Bethmann-Hollweg e com o imperador Guilherme II. As conversações giraram em torno da independência da Bélgica. Ainda em 1917, aprovou o novo Código de Direito Canônico, que vinha sendo elaborado desde 1904.
Entre as suas encíclicas, destaca-se a “Maximum Illud”, que trata da organização das missões católicas no mundo após a Primeira Guerra Mundial. Nela, afirmou a dissociação, para o missionário, entre a ação apostólica e qualquer outra atividade visando a favorecer a influência política da nação à qual pertencesse. Também importante é a de 1921, escrita por ocasião do sexto centenário da morte do poeta Dante Alighieri. Durante o seu papado aconteceu a canonização da Joana D´Arc, a guerreira que liderou a França contra os ingleses em batalhas da Guerra dos Cem Anos, condenada à fogueira pela própria igreja em 1431. É lembrado também por se ter dedicado à reforma administrativa da igreja, com o objetivo de adaptá-la ao novo sistema internacional emergente.
