Jouhaux
LÉON JOUHAUX nasceu no dia 1.º de julho de 1879 e morreu no dia 28 de abril de 1954 na cidade de Paris. Filho de um trabalhador de uma fábrica de fósforos, passou a trabalhar também lá com 16 anos. Líder nato, logo se tornou parte importante na organização dos operários. Em 1900, organizou uma greve contra o uso do fósforo branco, produto que cegara o pai. Foi demitido. Trabalhou em vários empregos até que, devido à influência no movimento, reintegrou-se à direção sindical. Em 1906, os trabalhadores filiados ao sindicato o elegeram representante na Confederação Geral do Trabalho da França. Nessa entidade nacional, subiu rapidamente na hierarquia. Em 1909, tornou-se o tesoureiro interino.
Pouco depois, elegeu-se secretário-geral da organização, cargo que ocupou até 1947. Nesse período, lutou pelas bandeiras iniciais do movimento sindical: jornada de oito horas, direito à representação sindical e negociação coletiva, férias, etc. Na época do governo da Frente Popular, o Acordo Matignon de 1936, do qual foi um dos signatários, concedeu muito desses direitos aos trabalhadores franceses. Nos anos que antecederam a Segunda Guerra Mundial, o Jouhaux organizou vários protestos de massa contra a guerra. Por isso, foi preso e encarcerado no campo de concentração de Buchenwald. Depois do conflito, voltou à labuta sindical. O trabalho dele é considerado fundamental para a criação da Organização Internacional do Trabalho junto à ONU. Em 1951 recebeu o Prêmio Nobel da Paz.