Laio
LAIO era filho do Lábaco, o rei da cidade de Tebas. Perdeu o pai ainda criança. Assim, a regência do reino ficou a cargo do Lico, o filho do Hirieu e da ninfa Clônia. Quando o Anfião e o Zeto mataram o Lico, ele conseguiu fugir para a corte do Pélope, o rei da Frígia. Lá, apaixonou-se pelo Crisipo, o jovem filho do rei. Doente de amor, raptou o rapaz. O Crisipo se suicidou e o Pélope o amaldiçoou e a todos os seus descendentes. Depois da morte do Anfião e o Zeto, os tebanos o chamaram para ocupar o trono da cidade.
Segundo a versão mais corrente, a exposta no poema “Édipo Rei” do Sófocles, ele se casou com a Jocasta e com ela teve o Édipo. Mas bem antes, um oráculo havia predito que ele seria morto pelo filho que viesse a ter. Assim, para fugir da predição, abandonou o filho no Monte Citerão quando ele nasceu. Édipo cresceu sem conhecer o pai. Muito mais tarde, os dois se encontraram num caminho para a cidade de Delfos. A estrada era muito estreita e o arauto do Laio ordenou ao rapaz que abrisse passagem para o rei. O Édipo não apressou o passo e o arauto matou dois dos seus cavalos. Encolerizado, o jovem não só matou o arauto, mas também o pai. Cumpriu-se assim a profecia.
Referência
TEBAS foi fundada pelo Cadmo, filho de um príncipe da Fenícia, o Agenor. Situa-se na Grécia Central. Na Antiguidade era uma das três cidades gregas mais poderosas junto com Atenas e Esparta. Teve diversos reis mitológicos. Além do Cadmo, destacam-se o Laio, o Édipo e o Polinice. O último rei foi o usurpador Creonte. Na modernidade, Tebas perdeu o seu brilho. Ocupa hoje uma área de 830,1 quilômetros quadrados na Região da Beócia. Tem pouco mais de dez mil habitantes. A economia da cidade depende muito do turismo. Oferece aos visitantes muitas ruínas e sítios históricos.